sábado, 19 de fevereiro de 2011

BALTHAZAR


Balthazar é dono de uma potente voz e intérprete singular. Não fosse o equívoco recorrente no seu repertório, poderia figurar entre os maiores do Brasil. Sua carreira tem desenvoltura bastante interessante, basta lembrar que ele começou cantando rock com Raul Seixas, Serguei e outros. Entre as dificuldades que enfrentou para deslanchar como roqueiro, preferiu a estrada fácil da música popular e seu consumo intenso. E se deu bem. O país inteiro, um dia já cantou os sucessos de Balthazar. Quem não se lembra das músicas Se Ainda Existe Amor, Sara e Carta de Amor? Verdadeiros hinos da década de 70.
Egresso do rock, Balthazar entra no mercado fonográfico encaixando-se na vaga que Evaldo Braga deixara na gravadora Phonogram com sua morte, em 31 de janeiro de 1973. O convite para Balthazar preencher a lacuna deixada pelo ídolo negro, veio do então diretor de produção da gravadora, Jairo Pires. Balthazar era amigo de Evaldo Braga e, apesar de ainda não ter gravado discos, sua voz era bastante elogiada pelos profissionais da área. Foi através do primeiro compacto, gravado em 1973, que Balthazar despontou para o sucesso comercial. A boa aceitação do público diante da música “Carta de Amor” (Balthazar) serviu de respaldo para que a gravadora avançasse para o passo seguinte: gravar imediatamente, o primeiro LP de Balthazar. Segundo os dados oferecidos pelo próprio cantor em 2005, o disco vendeu em seis meses a quantidade recorde de 1.500 mil cópias. Resultado suficiente para brecar qualquer temor da gravadora em relação ao sucesso do contratado.

A INJUSTIÇA QUE PERSEGUE OS ARTISTAS POPULARES

As coletâneas de sucessos de Balthazar estão disponíveis no mercado e vendem bem, mas até quando o público que gosta de artistas como Balthazar, terá que se contentar com as tais coletâneas, que enriquecem as gravadoras e desampara os artistas? Por que não fazer uma homenagem justa para o artista, fazendo um contrato por obra, gravando um disco atual? Seria uma saída para prestigiar o público e principalmente o artista. Se as gravadoras esperam de cada artista que lançam, que eles vendam como Ivete Sangalo vende, vai esperar muito e sofrer a crise lamentando ou culpando a pirataria. Sugestão para as gravadoras detentoras dos direitos de artistas como Balthazar: freqüentar as feiras que acontecem em diversos pontos do país, pra comprovação do sucesso que os discos (LP) desses artistas fazem diante da procura do público. No Rio de Janeiro, na Praça XV, aos sábados, os senhores vão encontrar discos de Roberto Carlos a 1 Real, Tom Jobim a 3, Jorge Benjor a 5 e Balthazar a 45 Reais. Na faixa do preço que se paga por um Balthazar legítimo dos anos 70, estão os discos de Odair José, Diana (quando aparece, pois seus discos, apesar da procura, raramente aparecem), Gilberto Lemos, Rosemary, Perla e muitos outros. Sem falar no preço que acompanha os LPs de Waldick Soriano, vendidos até por 100 Reais. Na faixa de 1 Real, a que Roberto se encontra, estão os LPs de Gal Gosta, Elis Regina, Caetano, Gil, Bethânia, Fagner, Marisa Monte, Titãs e a turma toda dos anos 80. Quando não conseguem compradores, os vendedores abandonam, deixando-os jogados pelo chão (que vergonha para os vendedores). Em contrapartida, ninguém dá mole para os discos de Odair, Diana, Balthazar e Evaldo Braga.

LINDOMAR CASTILHO


Lindomar Cabral nasceu no dia 21 de janeiro de 1939 em Santa Helena, então distrito de Rio Verde, Goiás. Um dos maiores vendedores de discos do Brasil nos anos 70, o cantor e compositor Lindomar Castilho é dono de uma biografia tão intensa e dramática como boa parte dos boleros que cantou.

Transferiu-se para Goiânia, onde cursou a Faculdade de Direito. Em 1960, após ser aprovado em concurso, ingressou na Secretaria de Segurança Pública e abandonou a faculdade no 2º ano. Antes, porém, havia trabalhado como diretor do escritório da companhia Viatécnica S/A.
Sua carreira musical começou quando o compositor e então diretor artístico da gravadora Continental, Diogo Mulero, o Palmeira, da dupla Palmeira & Biá esteve em Goiânia. Na residência do compositor e escritor Bariani Ortêncio, Palmeira ouviu o ponta-esquerda do Sírio Libanês, que chegou a ser convidado para fazer um teste no Corinthians, soltando o vozeirão. Imediatamente o convidou para gravar um LP e sugeriu que adotasse o pseudônimo de Lindomar Castilho. "O nome foi mudado justamente em função de um futuro sucesso latino-americano que ele previa para mim", revelou em 1976.
No final de 1962 gravou em São Paulo seu primeiro álbum, Canções que não se esquecem, cantando 12 sucessos do cantor, compositor e ator Vicente Celestino, sua principal influência artística. Nesse ano deixou de trabalhar na Secretaria de Segurança Pública. Lindomar mudou-se para São Paulo e ingressou como Chefe de Relação Públicas da firma de colchões de molas Epeda. Gravou ainda um compacto com a música "Margarida", de Lupicínio Rodrigues.
Em 1964 lançou pela Continental Alma, coração e vida (A. Flores e Wilson Brasil), seu segundo LP, conduzido pela faixa-título e por "Somente uma flor", e fez shows pelo país em nome da Epeda.
Já desligado da Epeda, gravou em 1965 Escuta minha oração, com destaque para as faixas "Falhaste coração" e, um de seus maiores sucessos como intérprete, "Ébrio de amor" (Palmeira e Ramoncito Gomes), gravada também em espanhol e lançada na América Latina.
No ano seguinte lançou Mensagem de carinho, que revelou as canções "Inesquecível" e "Por esta mesma porta", e entre 1967 e 68, gravou três álbuns homônimos, com destaque para "Amor de pobre", "Meu coração está de luto", "Esta tarde vi chover", "Contigo aprendi", "Coração, Coração", "Porta na cara", "A chance" e "Saudade de você".
Em 1969, teve fôlego para lançar três LPs, Somos iguais, En castellano, e Canções que não se esquecem - Vol. 2, este com regravação de antigos sucessos e da última música composta por Vicente Celestino, "Minha mãe" (com Marina Ghiaroni), gravada pelo autor em Obrigado meu Brasil (RCA Victor, 1968).
Em 1970 Lindomar Castilho estreou na RCA Victor, sua nova gravadora, com um LP homônimo que trouxe, além do sucesso "Pureza", de Osmar Navarro, a autoral "Aleluia ao amor", sua primeira incursão como compositor.
Amparado por hinos como "Mamaracho" (Franco, Valdez e Mony, versão de Sebastião Ferreira da Silva) e "Coração vagabundo" (Marcos Pitter), o ilustre cidadão de Santa Helena gravou em 1973 Vou rifar meu coração, que grifou seu sucesso internacional. De acordo com o release do cantor na época, "A música ''Vou rifar meu coração'' o projetou efetivamente no cenário mundial, e só no México recebeu mais de 50 gravações. O LP gravado em espanhol lhe proporcionou sucessos em mais de 50 países". E segundo o departamento de imprensa da RCA em 1976, "O sucesso de Lindomar Castilho hoje nos países latino-americanos e no mercado latino dos Estados Unidos é uma realidade indiscutível, chegando, em alguns casos a obter índices de vendagem difíceis de serem conseguidos até por grandes astros dos próprios países, como foi o caso do México, quando do lançamento do compacto-simples Voy a rifar mi corazón (Eu vou rifar meu coração), que vendeu nada menos de 78 mil cópias só na semana de lançamento. Mais recentemente, quando foi lançado o LP Eres loca de verdad (Você é doida demais), no mercado latino dos Estados Unidos, foi necessária uma importação de álbuns do México, para reposição imediata, em função do alto número de pedidos conseguidos em todo o território americano, muitas vezes maior que os LPs que havia em estoque".
Um de seus maiores sucessos, "Você é doida demais", composto com seu parceiro mais constante, Ronaldo Adriano, conduziu o álbum Eu canto o que o povo quer, que ganhou versão para o mercado latino.
Na RCA gravou músicas de grande repercussão como "Oi sô", "Feiticeira", "O invejoso", "Minha Mãe, Minha Heroína", "Nós Somos Dois Sem-vergonha", "Camas Separadas", "Cheguei Prá Ver", "Adeus Mariana", "Rei Sem Trono", "Eu Não Sou Nenhum Bandido", "Mais Um Cigarro Fumado", "Sul Brasileiro", "O Troco", "Tema da Tarde", "Homem de Pedra" e "Eu e a Viola".
Com 10 LPs em espanhol gravados em El Salvador, Méxicos e Estados Unidos, Lindomar lançou em meados da década de 70 os micro-sulcos O incomparável - Volume II ("Três vidas, três destinos", "Carga pesada" e "Estou perdendo a cabeça por você"), O filho do povo (1976) e Chamarada (1977). Consagrado pela revista americana Billboard como o "El nuevo ídolo de las Américas", o cantor representou em 1977 o Brasil como campeão de vendas de discos no programa Coast to Coast, da televisão americana, em San Francisco, Califórnia.

UM TRISTE CAPÍTULO NA HISTÓRIA DE LINDOMAR CASTILHO

Ainda nesse ano, conheceu nos corredores da RCA, em São Paulo a cantora iniciante Eliane Aparecida de Grammont, com quem se casou no dia 10 de março de 1979, e teve uma filha, Liliane. "Antes de casar, os dois decidiram que ela não cantaria mais para se dedicar ao lar", revelou Helena de Grammont, irmã de Eliane e repórter do Fantástico, ao site Clique Music.

No dia 30 de março de 1981, no Café Belle Epoque, no Jardim América, em São Paulo, Lindomar, recordista em vendagens de discos e coroado como o Rei do Bolero, matou Eliane, de quem havia se separado havia alguns meses. Após a separação, Eliane voltou a fazer shows, e naquela noite cantava acompanhada pelo violão de Carlos Randall, seu novo namorado e primo de Lindomar. Levou cinco tiros pelas costas.
Autuado em flagrante, Lindomar Castilho foi condenado a 12 anos de prisão no dia 23 de agosto de 1984, por homicídio doloso e tentativa de homicídio (também tentou matar Randall). O caso pontuou verticalmente o movimento feminista nacional. Em 1985 foi criada em São Paulo a primeira Delegacia de Defesa da Mulher do Brasil, e em 1990, pela Prefeitura de São Paulo, a Casa Eliane de Grammont, um centro especializado no atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica e sexual.
Depois de cumprir doze anos de pena - seis em regime semi-aberto - Lindomar Castilho ganhou em 1996 sua liberdade. E, como ele mesmo afirma, somente retornou à carreira graças aos pedidos de sua filha. Lançou em 2000 pela Sony Music Lindomar Castilho ao vivo, gravado no Teatro Goiânia, em Goiás, e suas músicas "Eu vou rifar meu coração" e "Você é doida demais" fizeram parte da trilha sonora do filme Domésticas, dirigido por Fernando Meirelles e Nando Olival. E em 2001, "Você é doida demais" se tornou tema de abertura do seriado Os Normais, da TV Globo.

fonte: equipe do site Gafieiras

TRIBUTO AO POETA DO CRAVO BRANCO:MAURICIO REIS


Mais que Justo,não poderia de deixar de prestar a minha homenagem ao Poeta do Cravo Branco:Mauricio Reis.Fiz uma seleção do que há de Melhor no Repertório do Cantor,a Todos os Fãns de Mauricio Reis ai vai esta postagem Exclusiva é só copiar o LINK abaixo e curtir.http://www.4shared.com/file/nrlbMNdY/Erivan_Lima-Tributo_a_Mauricio.html