quinta-feira, 28 de maio de 2009


ELINO JULIÃO:Aos doze anos, saiu do Seridó e veio para Natal de carona no caminhão de Artur Dias, comerciante da região. Na capital, foi morar com uma tia no bairro das Quintas. Imediatamente, procurou espaço para sua música. Na Rádio Poti, Genar Wanderlei, finalmente lhe ofereceu uma oportunidade de se apresentar no famoso programa de auditório Domingo Alegre, lá pelos idos da década de 50. Conseguiu espaço e reconhecimento. Na rádio, cantava músicas de Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e outros. Sob a bêncão do padre Eymard Lérecat Monteiro, amigo da família, retomou os estudos a noite no colégio Marista.



Julião ficou em Natal por dezoito anos. Durante esse período, serviu o exército, mas logo que se libertou das forças armadas voltou para a Rádio Poti, onde conheceu Jackson do Pandeiro. O já famoso Jackson o convidou para o Rio de Janeiro, onde foi morar e trabalhar como cantor, iniciando uma parceria que rendeu grandes frutos musicais e selou uma longa amizade. Como ritmista de Jackson, se apresentou nas rádios, tvs e viajou o Brasil inteiro. Elino confessa que não foi fácil gravar no Rio de Janeiro nos anos 50. "Passei muito tempo para gravar. Naquela época dos auditórios de rádio, a gente cantava mas não gravava. Só gravava quem tinha muita sorte e cantava mais que Vicente Celestino", lembra saudoso do amigo.



Foi na casa de Jackson, que Elino começou a compor suas primeiras músicas. Gravou seu primeiro disco em 1961, na gravadora Chanticlê, que além dele, lançava simultaneamente : Noca do Acordeon, João Silva, Geraldo Nunes, Mineiro e Teixeirinha. Do grupo só Teixeirinha fez um grande sucesso com coração de luto.- O sucesso do colega o desanimou e pensou em desistir da carreira, porém Jackson o estimulou e o levou para a gravadora Phillips, por onde lançava seus discos.



Nenhum comentário: